A menos de 10 dias do começo do prazo das convenções partidárias, que vai de 31 de agosto a 16 de setembro, os dirigentes partidários que miram o pleito municipal do quinto maior município do Rio Grande do Sul sabem que estão frente a uma eleição complicada e extremamente difícil.
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A bagunça causada pela pandemia junto ao calendário eleitoral é apenas um dos agravantes. O pior, que ainda está por vir, e o que é uma realidade para a maioria esmagadora dos municípios brasileiros, será lidar com um orçamento encolhido. Reduzido, enxuto. E pode-se dizer que a situação de Santa Maria, seguramente, será uma das menos dramáticas. Ainda que digam que a projeção é de perda de R$ 200 milhões de um ano para o outro, o orçamento do município historicamente sempre foi modesto.
Nos últimos quatro anos, a prefeitura conseguiu, com a adoção de algumas medidas da Secretaria de Finanças, reverter e recuperar valores que estavam "na rua". O Executivo municipal obteve com êxito a reversão de mais de R$ 30 milhões, do extinto PAC, que estavam perdidos junto à União.
LONGA JORNADA
Ainda assim, a caminhada, a partir de 2021, será árdua e extenuante. Por isso mesmo, quem estiver no comando do município precisará ter lucidez e os pés no chão. O que exigirá capacidade, desde agora, de não iludir o eleitorado com promessas descabidas e irresponsáveis.
Planos de governo fantasiosos e delirantes que não prezem pelos salários em dia e os investimentos mais básicos são e serão a prioridade a partir de 2021. Quem destoar disso, orbita um outro mundo, o da ficção.